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Fogo e Sociedade.

Fogo e Sociedade.

O ser humano moderno e sua relação com o fogo e incêndios.

Com os avanços nas tecnologias utilizadas em geologia científica hoje sabemos muito mais sobre o nosso passado pré-histórico. Há cerca de 10 mil anos nosso planeta que até então tinha variações climáticas severas e caóticas passou a ter, por motivos ainda não comprovados, uma estabilidade climática dando início ao período denominado pelos geólogos de Holoceno.

Graças a essa combinação de climas mais estáveis e previsíveis e o controle no manejo dos elementos, principalmente o elemento fogo, nossos antepassados passaram a ter condições de usar o mesmo como uma forma de se proteger de animais ferozes e além disso, utilizaram de queimadas, para abrir espaços para o cultivo da terra e criação domesticada de animais promovendo assim o início da revolução agrícola. Nessa nossa evolução, desde que aprendemos como obter e passar a ter um certo nível de controle do fogo, a humanidade utilizou de seus benefícios para inúmeras atividades, dentre elas: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, combustão interna e muito mais, uma infinidade de utilidades para o nosso conforto. Chegando ao nível de sociedade organizada na qual vivemos hoje.

Porém, segundo a ciência moderna, principalmente pelo poder do ser humano em transformar o meio ambiente e o planeta, estamos chegando a tal nível de interferência, que estamos deixando o período Holoceno para trás e tecnicamente já vivendo o que a ciência denomina Antropoceno, ou seja, o período onde as mudanças climáticas e dos biomas do planeta passaram a sofrer mudanças drásticas pela interferência direta de nós humanos.

Mas apesar de todo este tempo utilizando e se beneficiando das qualidades do fogo, que em determinadas culturas milenares já era reconhecido como um dos 5 elementos que compõem tudo que existe, inclusive nossos corpos como na cultura Ayurveda, frequentemente e ainda nos dias atuais o fogo sai de controle, muitas vezes causando desastres assombrosos.

Levando em conta todo este período de tempo no qual nós humanos manipulamos este elemento primordial da natureza, é igualmente assombroso pensar que aqui no Brasil, apenas no final do século XX, foram oficializadas regulamentações para o combate a incêndios com normas e leis sobre edificações e suas ocupações, voltadas ao controle de materiais combustíveis e inflamáveis, da manutenção para máquinas e equipamentos em geral e sistemas eléctricos e que adotassem procedimentos de inspeções de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e alastramento de incêndios. Além disso há também a obrigatoriedade na instalação de sistemas e equipamentos que permitam o combate rápido a princípios de incêndio, treinamento de pessoas no uso desses equipamentos, bem como, nos procedimentos de abandono de edificações em chamas ou sinistradas.
Para tanto, são utilizados dispositivos, como portas corta-fogo, no interior dos edifícios, e peitoris e marquises nas fachadas. Com isso, em uma eventual situação de incêndio, é possível impedir que o fogo, iniciado em um determinado andar, se alastre para os demais.

Edifício Joelma – 1975

A primeira regulamentação sobre segurança contra incêndio surgiu no Brasil em meados de 1975, após a ocorrência dos incêndios dos edifícios Joelma e Andraus, em São Paulo. A partir de então a legislação vem sendo constantemente modernizada, exigindo, entre outras medidas, que sejam adotadas nos projetos de edifícios altos a compartimentação horizontal e vertical.

No Brasil a base Legal de prevenção de incêndios é ditada pela Portaria 3.214/78 – Norma Regulamentadora 23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais. Grande parte das normas utilizadas no Brasil e no mundo, para prevenção de incêndios no tocante a equipamentos, sistemas e treinamentos, são originárias da N.F.P.A. – National Fire Protection Association dos EUA, organismo norte americano de estudos e normatização de assuntos relacionados a incêndios e a prevenção destes. Diversos outros organismos internacionais tratam o assunto incêndio com elaboração de normas e diretrizes. No Brasil temos a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas como principal elaboradora das normas nacionais.

Na década de 1990 o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo outorgou uma instrução técnica exigindo que fossem avaliadas a resistência e a segurança de projetos de estruturas contra incêndios. Sem referências sobre o assunto, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recebeu a incumbência de criar a primeira normatização nacional para projetos de estruturas metálicas. E em 2004 estendeu o projeto para as estruturas de concreto.

Atualmente, alguns estados brasileiros, como São Paulo, possuem leis específicas sobre a segurança de estruturas em situações de incêndio que se assemelham muito às da própria ABNT. Já para os estados que não têm leis próprias há o Código de Defesa do Consumidor, que por sua vez também se baseia nas normas estabelecidas pela ABNT.
Precisando fazer um orçamento de empresa de combate a incêndio para seu condomínio? Projetos, cálculos hidráulicos, sprinkler, SPDA, brigada de incêndio e muito mais. Brigada de incêndio. Profissionais preparados. Serviços: Projetos, Cálculos hidráulicos.

Apesar disso sabemos que somente normas não evitam incêndios devastadores e em janeiro de 2013 o incêndio na Boate Kiss devastou centenas de famílias e chocou o Brasil assim como muitos outros em 2017, 2018 como o do Museu Nacional, 2019 que destruiu completamente um acervo muito importante da cultura do nosso país, mas esses eventos são assunto para um outro artigo que iremos publicar aqui no blog da GCO Engenharia.

Boate Kiss – 2013 (AP Photo/Agencia RBS)

A consciência de prevenção de incêndios deve partir do lar, onde as crianças devem ser instruídas sobre os riscos do fogo, os perigos de brincadeiras com fogos de artifícios e balões, riscos elétricos, riscos dos produtos químicos domésticos, entre outros. E a responsabilidade deve ser de todos. Ter consciência e agir com profissionalismo sob quaisquer circunstâncias que envolvam edificações de qualquer uso e tamanho.

Como elaborar um projeto de prevenção e combate a incêndio?
Para desenvolver seu projeto você terá o passo a passo de como aplicar algumas das exigências como:

  • Acesso de viatura do Corpo de Bombeiros;
  • Iluminação de emergência;
  • Separação entre edificações;
  • Detecção de incêndio;
  • Segurança estrutural nas edificações;
  • Alarme de incêndio;
  • Compartimentação horizontal;

Projetos de prevenção e combate a incêndio.

Este trabalho é feito, principalmente, para atender às normas do Corpo de Bombeiros quanto à obtenção ou renovação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

A GCO Engenharia é especializada em engenharia de segurança contra incêndio e desenvolve projetos de prevenção e combate a incêndio. Para obter êxito sem complicações na aprovação do Corpo de Bombeiros para industrias, shopping centers, comércios, hotéis, escolas e edifícios tombados pelo patrimônio histórico. Seja o seu projeto um sistema novo de proteção e combate a incêndio, ou, uma regularização junto a seguradora e ao Corpo de Bombeiros.

Referências / Fontes:
David Attenborough e Johan Rockström em Rompendo Barreiras – Nosso Planeta
https://www.netflix.com/watch/81336476?trackId=200256542&tctx=0%2C0%2C3e2422b6-0aed-41ff-91b7-5eb5610523f9-91427783%2Cunknown%2Cunknown%2C

Yuval Noah Harari (2011) Sapiens – Uma Breve História da Humanidade. 29a
Edição. Editora Harper.
Silva, C. M. e Arbilla, G. (2018) Antropoceno: Os desafios de um Novo Mundo.
Revista Virtual de Química

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